quinta-feira, abril 25, 2013

25 de abril




Três turmas de 9.º ano aceitaram dizer ao PÚBLICO o significado do 25 de Abril de 1974. Sem aviso prévio e sabendo-se de antemão que este tema do programa ainda não tinha sido dado nas aulas, desafiaram-se alunos da Escola Secundária de Bocage, em Setúbal, e da Escola Secundária da Cidadela, em Cascais, a, em 15 minutos, escreverem o que sabiam sobre a data que se assinala nesta quinta-feira. Contou-se com a ajuda da professora Nazaré Oliveira e do professor Paulino Spínola, ambos a leccionar História. Ela há 27 anos, ele há 38.
 
 
 
“Eles têm uma ideia e a maior parte das vezes não é errada, mas há deficiências de pormenor. E alguns alunos são um pouco ‘trapalhões’”, diz Nazaré Oliveira, enquanto vai mostrando os textos escritos pelos alunos de Setúbal. Choca-a principalmente as poucas referências à Guerra Colonial. "Não têm em conta o que é mais importante para mim, que é a Guerra Colonial. Sou uma jovem ‘culturalmente feita em África’. Vim de Moçambique em Julho de 1974.” Veio para passar férias com os avós, e os pais já não a deixaram voltar.
“Depois começou a guerra civil lá, em Lourenço Marques (actual Maputo). Já não pude ir. Fiquei triste, perdi os meus amigos.”
 
 
 
 

Concurso Nacional de Leitura

Realizou-se no dia 23 de abril, Dia Mundial do Livro e dos Direitos de Autor, a fase distrital do CNL, na Biblioteca Municipal Almeida Garrett.

Fica o registo da participação dos alunos da Escola Secundária Carolina Michaëlis


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segunda-feira, dezembro 31, 2012

"O grande ditador"







O discurso final do filme
"O Grande Ditador"


"Todos nós desejamos ajudar uns aos outros. Os seres humanos são assim. Desejamos viver para a felicidade do próximo - não para o seu infortúnio. Por que havemos de odiar e desprezar uns aos outros? Neste mundo há espaço para todos. A terra, que é boa e rica, pode prover a todas as nossas necessidades.
O caminho da vida pode ser o da liberdade e da beleza, porém nos extraviamos. A cobiça envenenou a alma dos homens, levantou no mundo as muralhas do ódio e tem-nos feito marchar a passo de ganso para a miséria e os morticínios. Criamos a época da velocidade, mas nos sentimos enclausurados dentro dela. A máquina, que produz abundância, tem-nos deixado em penúria. Nossos conhecimentos fizeram-nos céticos; nossa inteligência, empedernidos e cruéis. Pensamos em demasia e sentimos bem pouco. Mais do que de máquinas, precisamos de humanidade. Mais do que de inteligência, precisamos de afeição e doçura. Sem essas virtudes, a vida será de violência e tudo será perdido.
A aviação e o rádio nos aproximou. A própria natureza dessas coisas é um apelo eloqüente à bondade do homem, um apelo à fraternidade universal, a união de todos nós. Neste mesmo instante a minha voz chega a milhares de pessoas pelo mundo afora. Milhões de desesperados: homens, mulheres, criancinhas, vítimas de um sistema que tortura seres humanos e encarcera inocentes. Aos que podem me ouvir eu digo: não desespereis! A desgraça que tem caído sobre nós não é mais do que o produto da cobiça em agonia, da amargura de homens que temem o avanço do progresso humano. Os homens que odeiam desaparecerão, os ditadores sucumbem e o poder que do povo arrebataram há de retornar ao povo. E assim, enquanto morrem homens, a liberdade nunca perecerá.
Soldados! Não vos entregueis a esses brutais, que vos desprezam, que vos escravizam, que arregimentam vossas vidas, que ditam os vossos atos, as vossas idéias e os vossos sentimentos. Que vos fazem marchar no mesmo passo, que vos submetem a uma alimentação regrada, que vos tratam como gado humano e que vos utilizam como bucha de canhão. Não sois máquina. Homens é que sois. E com o amor da humanidade em vossas almas. Não odieis. Só odeiam os que não se fazem amar, os que não se fazem amar e os inumanos.
Soldados! Não batalheis pela escravidão. Lutai pela liberdade. No décimo sétimo capítulo de São Lucas está escrito que o reino de Deus está dentro do homem - não de um só homem ou grupo de homens, mas de todos os homens. Está em vós. Vós, o povo, tendes o poder - o poder de criar máquinas; o poder de criar felicidade. Vós o povo tendes o poder de tornar esta vida livre e bela, de fazê-la uma aventura maravilhosa. Portanto - em nome da democracia - usemos desse poder, unamo-nos todos nós. Lutemos por um mundo novo, um mundo bom que a todos assegure o ensejo de trabalho, que dê futuro à mocidade e segurança à velhice.
É pela promessa de tais coisas que desalmados têm subido ao poder. Mas, só mistificam. Não cumprem o que prometem. Jamais o cumprirão. Os ditadores liberam-se, porém escravizam o povo. Lutemos agora para libertar o mundo, abater as fronteiras nacionais, dar fim à ganância, ao ódio e a prepotência. Lutemos por um mundo de razão, um mundo em que a ciência e o progresso conduzam à ventura de todos nós. Soldados, em nome da democracia, unamo-nos.
Hannah, estás me ouvindo? Onde te encontrares, levanta os olhos. Vês, Hannah? O sol vai rompendo as nuvens que se dispersam. Estamos saindo da treva para a luz. Vamos entrando num mundo novo - um mundo melhor, em que os homens estarão acima da cobiça, do ódio e da brutalidade. Ergue os olhos, Hannah. A alma do homem ganhou asas e afinal começa a voar. Voa para o arco-íris, para a luz da esperança. Ergue os olhos, Hannah. Ergue os olhos."
 
 
 

 

sexta-feira, julho 29, 2011

O Mistério das Bolas de Gude - G. Dimenstein

Sugestão de leitura:

O Mistério das Bolas de Gude - G. Dimenstein
Histórias de humanos invisíveis.

Siga-me se pretender ler mais sobre este livro.

Poderá também optar pelo audiolivro


Boas Leituras!

segunda-feira, fevereiro 14, 2011

Não te amo, quero-te

Não te amo, quero-te: o amor vem da alma.
E eu na alma - tenho a calma,
A calma - do jazigo.
Ai! Não te amo, não.

Não te amo, quero-te: o amor é vida.
E a vida - nem sentida
A trago eu já, comigo.
Ai, não te amo, não!

Ai! não te amo, não; e só te quero
De um querer bruto e fero
Que o sangue me devora,
Não chega ao coração.

Folhas Caídas, 1853 (excerto)

sábado, dezembro 11, 2010

Manoel de Oliveira

EM CANNES, MANOEL DE OLIVEIRA MOSTRA "O ESTRANHO CASO DE ANGéLICA"
Um olhar para o futuro.
Completa hoje 102 anos e tem muitos projectos. Parabéns!